segunda-feira, dezembro 04, 2006


Os ursos polares não estão só. Tudo que acontecer a eles também irá acontecer a nós.

O efeito estufa é um fenômeno que deve-se à concentração de gases na atmosfera (principalmente o gás metano e o gás carbônico) que absorvem calor em suas ligações e o impedem de voltar ao espaço. Este é um fenômeno natural e bom que favorece a vida na Terra.
Atualmente, porém, sofremos com concentrações exageradas desses gases no ar, caracterizando o aquecimento global. Como o próprio nome sugere, o termo aquecimento global refere-se a um aumento na temperatura ao redor de todo o planeta.
Este aumento é gradual e quase imperceptível se formos analisar períodos curtos como os de uma semana ou de um mês. Porém, passamos a perceber este aumento se considerarmos um período mais longo para análise, como o de alguns anos [conversem com seus pais, tios, avós (caso tenham) e lhes perguntem como era o clima durante sua infância].
Um aumento, mesmo que gradual, causa diversas conseqüências no planeta. Os principais impactos que iremos enfrentar durante a segunda metade do século XXI são a subida dos níveis dos mares, mudanças nas correntes marinhas e dos ventos, aumento da freqüência de tempestades, extensão de epidemias e de outros processos que afetam a saúde das pessoas, irregularidades na ocorrência de precipitações (muitas chuvas em determinados locais e outros completamente secos), dentre outros aspectos. Sabe-se que este será o século mais agitado na história da humanidade, pois além de termos de enfrentar essas dificuldades, teremos de enfrentar a escassez de água potável.
Sabe-se que o principal causador dos constantes aumentos na concentração de gases poluentes na atmosfera é o homem, o ser “racional”. Com suas tecnologias “inovadoras”, ele lança na atmosfera todo tipo de gases [sabe-se que um carro comum lança no ar em um ano uma quantidade de gases poluentes equivalente ao seu peso. Considerando que mais da metade da população mundial utilize carros, são mais de 3 bilhões e 400 milhões de vezes mais que apenas um carro lançaria em um ano. E isso falando apenas em carros].
As plantas já não mais agüentam fotossintetizar tanta sujeira [aliás, o homem pega justo o caminho para fazer o mundo piorar: aumenta o gás carbônico com as indústrias e extermina as plantas, que deveriam estar auxiliando no equilíbrio das taxas de gases da atmosfera] e o mundo todo, sofrendo com temperaturas bem elevadas, passa apenas por um aperitivo do que está por vir.
Com o aquecimento global espécies de nossa fauna e flora foram se extinguindo [pensem no tanto de espécies que nem chegamos a conhecer e que talvez já tenham sido extintas]. Logo, começamos a perder reservas de água potável com o derretimento das calotas de gelo (os ursos polares, atualmente, já correm risco de extinção, pois não podem mais escavar o gelo para abrigar seus filhotes). Agora, o risco é de perder a humanidade e o planeta inteiro. Já estamos perdendo cidades inteiras com tufões, maremotos, enchentes, aumento dos níveis dos mares, etc. Com estes desastres, vidas de pessoas foram tomadas [pessoas já têm medo de ir a algumas cidades porque lá já não é mais seguro].
Agora, pergunto-lhes: Vale a pena degradar o meio ambiente para ter como saldo cidades perdidas e mortes de plantas, animais e pessoas? Vale a pena destruir o planeta, sendo que é o único lugar que temos para morar?
O homem sempre fecha os olhos ao meio ambiente, pois pensa que irá lhe prejudicar na economia e não quer mudar o modo de vida que leva. Pois chegamos ao ponto que os gastos que estamos tendo com reconstruções de cidades são bem maiores que os gastos a serem investidos com meio ambiente [falando em gastos, para onde vai grande parte do dinheiro do mundo atual? Calcula-se que uma sociedade com nosso nível de evolução e conhecimento chegue a desviar mais de um trilhão de dólares por ano para a execução de guerras].
Quanto a mudanças no modo de vida, devemos saber que estas mudanças serão um pouco mais trabalhosas e, realmente, mais caras. Porém, o tanto de vidas que se pode salvar com essas mudanças é impressionante [calcula-se que a cada dólar investido em saneamento, cinco dólares deixam de ser investidos em saúde].
O sistema capitalista que vivemos é muito traiçoeiro, pois deixa muitas pessoas na mais precária condição enquanto outras usufruem de grandes riquezas. Pessoas que emitem menos gases poluentes na atmosfera (os mais pobres) acabam sofrendo as mesmas conseqüências que os mais poluidores. Assim, privatizam-se os lucros e socializam-se os custos (todo tipo de degradação ambiental). Para obtermos o futuro que desejamos, não basta apenas investir em meio ambiente (embora este seja um grande passo). O homem precisa aprender a conviver com seus demais e aceitar as diferenças entre ele e seus demais. Este é o maior desafio da humanidade e que devemos resolver ainda este século, pois nosso tempo se esgota.

Notícia urgente: O aquecimento global já ameaça o fitoplâncton http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=223503&p=22&idselect=219&idCanal=219. Se isso for realmente verdade, a vida em todo o planeta corre um violento risco. Essas microalgas não apenas são a base da cadeia alimentar dos oceanos, mas também constituem nossa principal fonte de gás oxigênio. Colaborem para o futuro plantando (muitas) árvores. Cada árvore tem uma grande capacidade de transformar o gás carbônico impuro da atmosfera novamente em gás oxigênio. Se não defendermos a natureza agora, ela irá se defender sozinha depois e sua vingança sera inesquecível e irrecuperável (se sobrevivermos a ela). E por favor, dêem um minuto de seu tempo só para ver esse video. Nossa sobrevivência vale muito.